Abrantes recebeu, no cineteatro, o coro masculino “Alma de
Coimbra”. Este grupo coral constituído só por alunos que frequentaram a
Universidade de Coimbra, de várias faixas etárias, encantou o público com o seu
desempenho no dia 14 de outubro.
O espetáculo foi dividido em três partes, a primeira e
última com o coro a cantar e a segunda contou com dois membros do grupo que
tocaram guitarradas, um numa viola e outro numa guitarra de Coimbra. Foram acompanhados
por um membro do coro que proporcionou ao público algumas músicas de fado.
Já têm 10 anos de existência e, na totalidade, são perto de
50 elementos. “Mas em dias da semana não é possível estarem todos presentes,
por compromissos de trabalho”, afirma Augusto Mesquita, o maestro, em resposta
ao ESTA jornal. O leque de pessoas que constituem o coro é muito variado, uns
médicos, outros que trabalham nas finanças e outros ainda por acabar o curso. Já
percorreram muitas partes do país, inclusive já foram várias vezes para fora de
Portugal. “E Abrantes era uma das cidades que já estava na mira, fizemos uma
proposta à câmara e marcámos”.
São um grupo esforçado e que marcam pela diferença, pois
“fogem” daquilo que se define como tradicional.
“Não somos propriamente um coro no sentido habitual, mas sim um coro
diferente, porque optamos por um caminho diferente”. Têm uma relação muito
próxima, “há uma manutenção de valores, amizades e uma ligação forte à
universidade”. É isto que os caracteriza.
O maestro garante que o seu papel é fazer do espetáculo “uma
simpática guerra entre o coro e o público, onde sirvo de elo.” É também o arranjador
de tudo o que é feito nos espetáculos, cada nota que é tocada é escrita por Augusto
Mesquita. O mesmo finaliza dizendo que a ideia dos espetáculos “é transmitir
uma noção de alegria, de portugalidade e de diversidade” e passar “não só o que
gostamos, mas o que o público gosta”.
Marta Vidigal