terça-feira, 18 de outubro de 2016



GETAS
Estreia “A Mosquete” no Centro Cultural Gil Vicente

O palco do Centro Cultural Gil Vicente vai acolher a estreia da peça “A Mosqueta”, apresentada pelo GETAS, Grupo Experimental de Teatro Amador de Sardoal que celebrou recentemente 32 anos de produções teatrais.

Segundo Mário Jorge Sousa, um dos membros do GETA, desde a sua fundação, em Novembro de 1982, que o grupo se assume como digno (e único) continuador da tradição teatral sardoalense, a qual atingiu elevada expressão entre 1910 e 1973.

No início o GETAS cumpria os cânones conservadores que, na época, caracterizavam o teatro amador, promovendo longas récitas onde pontuavam os melodramas e as comédias populares de gargalhada fácil. A partir de 1984 foi possível desenvolver um novo paradigma teatral e proceder a uma renovação criativa e de roupeiro, explica Mário Jorge Sousa.
Ao longo do tempo, como corolário deste trabalho, verificou-se a conquista de alguns prémios e distinções (em encenação e interpretação) e a frequente requisição do GETAS para participar em diversos festivais no distrito e no país.
Cristina Curado, actual Presidente deste grupo, refere acerca da peça que “(A Mosqueta) é uma comédia original de Ângelo Beolco, conhecido como Ruzante. Escrita entre 1527 e 1531, a peça retrata a história de Betia, uma mulher do campo, que vai viver com o marido para a cidade, onde se apaixona por um soldado Bergamasco. O enredo, gira em volta da infidelidade da mulher e das tentativas do marido para a apanhar em flagrante. Mosqueta, um dialecto refinado e sibilante da língua italiana, é usado em algumas dessas tentativas.”

Tem encenação e adaptação do conhecido actor e encenador sardoalense, Pedro Agudo, e integram o elenco Cristina Curado, Diamantino Costa, Paulo Costa, Sílvia Brilha, Pedro Marques e Júlio Serras. Os cenários e figurinos têm a assinatura de José Paulo Sá.

Sobre uma próxima peça, Cristina Curado, apenas adianta “estar na forja mas bem escondida”.


Sérgio Figueiredo_aluno_80599 n7 

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