A professora Cláudia Olhicas diz que fazer
alguma coisa pela Leonor, uma menina abrantina de cinco anos com um tumor
inoperável, foi «primeiro uma vontade e depois tornou-se numa ideia
consolidada» quando mobilizou os seus alunos do 11ºA, actualmente do 12º, num
projecto da escola de Mação, Crescer com Autonomia e Cultura, para um outro: «o
crescimento pessoal». Cláudia Olhicas conclui: «esta turma é especial».
Um concerto solidário foi o que resultou
deste projecto. Concerto esse que demorou cinco meses a ser preparado e que,
segundo Cláudia Olhicas, apesar de ter dado «muito trabalho, fizemos de
coração, e isso atenua tudo. A gratificação do valor que conseguimos angariar,
supera esse trabalho todo». O montante angariado foi de 5265€ e já foi
depositado na conta da Leonor.
Segundo Cláudia Olhicas o concerto teve um
retorno muito positivo: «é emocionante perceber, não tanto pelo dinheiro, mas
porque as pessoas estão ali de coração. Estiveram ali, contribuíram com 10
sonhos, pessoas que pensam em si, mas também nos outros. O altruísmo é uma
coisa maravilhosa».
O dinheiro angariado vai ser para «ajudar a
família que é frágil monetariamente a pagar os medicamentos» e para dar
«qualidade de vida» à Leonor. Cláudia afirma que os pais de Leonor «são de uma
extrema humildade» e que estão abertos a toda ajuda.
«Apesar de a medicina não excluir a
recuperação da Leonor, o que é certo é que lhe deram três dias de vida no dia
14 de Agosto, e ela está cá, os milagres acontecem, a medicina não acredita
muito, mas eu acredito», reforça Cláudia. E apesar da menina apresentar um
quadro difícil, no dia a seguir ao concerto, segundo uma enfermeira, estava
maravilhosa. Cláudia acrescenta «porque energias positivas, trazem coisas boas
à nossa vida».
Cláudia Olhicas finaliza agradecendo à Câmara
de Abrantes e à Câmara de Mação, e acrescenta que, «embora partindo de mim,
este é um trabalho em conjunto, da escola, dos alunos, dos patrocinadores ( que
foram extremamente generosos), das pessoas que venderam bilhetes. Um conjunto
de pessoas fantásticas.»
Irene
Vale, 80580
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