“Abrantes, tudo como dantes, um
centro estratégico” é o nome da conferência que visa relembrar um pouco do
passado histórico da cidade revitalizando a sua importância. Na abertura da
conferência, Maria do Céu Albuquerque, Presidente da Câmara Municipal de
Abrantes, fala da cidade como um lugar de encontro e um lugar de decisão,
fazendo referências ao seu passado e incitando os cidadãos a pensar no futuro:
“Hoje desafia-se a nossa memória coletiva que, através desta conferência de
abrangência temática, nos incitará a tornar a nossa cidade, o nosso concelho e
a nossa região mais competitiva e os nossos cidadãos mais esclarecidos e mais
preparados para a vivência do próximo centenário”.
O passado histórico de Abrantes
foi o assunto mais falado durante as palestras. José Martinho Gaspar lembrou os
frescos encontrados há pouco tempo na Igreja de Santa Maria do Castelo, que
foram notícia no National Geographic, e faz um apelo à ‘cidade florida’:
“Abrantes fez-se cidade florida no seio de um regime que queria encontrar uma
aldeia mais portuguesa do que Portugal, e que, aqui, pôs os Abrantinos a florir
as ruas, as suas casas, as varandas e as janelas. O centro histórico tem
actualmente poucas pessoas a residir e este é um desafio que se coloca a quem
pertence a esta cidade: captar gente para o centro do mesmo. Essas são as
primeiras flores que a cidade necessita”.
Para além do seu passado,
Abrantes é reconhecido em toda a conferência pela sua alma de cidade que se
“tem de reinventar todos os dias na sua condição de centro estratégico”.
Eduardo Catroga destaca o valor desse território e a sua capacidade de “ser
ganhador do processo da globalização”. “Abrantes soube ser vencedora no
contexto da economia nacional, atraindo empresários, atraindo indústrias,
atraindo atividade económica, criando emprego e fazendo crescer a sua
população. Hoje, Abrantes tem uma estrutura produtiva diversificada que assenta
em pequenas e médias empresas com projetos com sucesso”, afirma Eduardo
Catogra.
A conferência teve lugar na Igreja de Santa Maria do
Castelo, no Castelo de Abrantes, no dia 20 de Outubro, onde decorreu a
cerimónia de abertura, pelas 9h30, e estendeu-se até ao meio-dia com palestras
de José Martinho Gaspar, professor e historiador, Eduardo Catroga, economista,
gestor de empresas e ex-ministro, e ainda do Major-General Arnaut Moreira.
Entre o meio-dia e a uma da tarde estava programada, também, a visita à
exposição na Biblioteca Municipal António Botto, a inauguração do mural ‘100
anos, 100 rostos’ no Jardim da República e a visita ao percurso ‘Pop Up’s de
Abrantes’. O encerramento estava marcado para as 17 horas com a inauguração da
requalificação do ‘Monumento a D.Nuno Álvares Pereira’. Dos momentos mais altos
da cerimónia de abertura destaca-se o apelo de Maria do Céu Albuquerque à
comunidade de Abrantes para que ajudem a autarquia a defender o Monumento “Ao
condestável D.Nuno Álvares Pereira” de eventuais actos de vandalismo: ”É um
monumento muito importante, é uma peça muito bonita e vamos todos trabalhar
para a sua valorização”.
Adriana Claro 80572
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