Vila de Rei
pioneira no distrito de Santarém
O Lagar de Vila de Rei, inaugurado 19 de Setembro de
2015, pertença da autarquia deste concelho, vai dar início à sua campanha de 2016 no próximo dia 5
de Novembro com algumas remodelações.
Esta nova e importante infra-estrutura fica localizada na
Zona Industrial do Souto e tem capacidade para laborar 2.000 kg de azeitona por
hora, efectuando os serviços de extracção de azeite e respectivo embalamento.
Carlos Manuel Patrão Salgueiro, mestre lagareiro
(encarregado geral) deste lagar, diz que, no ano transacto, tiveram uma
excelente campanha, tendo transformado cerca de 800 toneladas de azeitona, cujo
total espera este ano superar.
No que se refere ao lagar, explica que é um lagar tipo
quatro com equipamentos modernos e ecológicos.
A sua laboração é totalmente diversa dos antigos
lagares. É um dos
lagares apelidados de “linha directa” essenciais para a produção em grande
escala.
A azeitona, conta Carlos Salgueiro, é descarregada
para um recipiente que possui um ventilador que procede de imediato à limpeza
das folhas e pequenos ramos que ainda traga do olival.
Passa por uma centrifugadora única, que processa de
imediato a separação do “bagaço”, os restos da azeitona após ser moída, água e
azeite, sendo que a água e o bagaço saem juntos enquanto o azeite sai pronto a
ser trasfegado para as vasilhas.
No modelo de linha directa anterior, o sistema
dispunha de dois centrifugadoras, uma horizontal e outra vertical. Na primeira
era processada a saída do bagaço e na segunda a separação do azeite e da
água.
Com o actual
sistema, decorrido cerca de uma hora e trinta, o azeite começa a correr para as
tarefas, dependendo da quantidade de azeitona, o tempo de demora na
transformação do azeite de cada cliente.
Refere ainda
que, com as exigências actuais, os lagares ditos tradicionais vão ter grande
dificuldade de subsistir.
Serão assim os modernos lagares o futuro da indústria
do azeite.
Sérgio Figueiredo
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