A primeira
edição do Orçamento Participativo, em Abrantes «superou o expectável». Sendo um
dos objectivos do atual executivo, este foi elaborado e aprovado no dia 16 de
dezembro de 2015, para entrar em vigor em 2017. Todos os cidadãos e cidadãs do
concelho de Abrantes, maiores de 18 anos, puderam participar.
Os principais objectivos deste projecto, segundo Ana Neves do
Gabinete de Comunicação da Câmara Municipal de Abrantes, eram «estimular o envolvimento
e a participação direta das cidadãs e dos cidadãos, conhecer melhor as
necessidades e expetativas das populações, incentivar o diálogo entre eleitos e
eleitas e valorizar a democracia direta de maneira a dotar de legitimidade as
decisões oriundas do poder público bem como atender os problemas da comunidade».
Cada cidadão podia apenas elaborar uma proposta e esta tinha que
encaixar no orçamento que a Câmara Municipal deu, um total de 266.000.00€, valor
que que corresponde a cerca de 5% do Plano de Investimentos do Município.
Das 29 propostas apresentadas, apenas 21 reuniam condições para
votação. Dessas, foram aprovados cinco projectos. Em primeiro lugar, com 154
votos, o projecto de requalificação paisagística do Largo Espírito Santo,
freguesia das Mouriscas. O segundo
classificado, com 120 dos votos, foi a realização do evento histórico/cultural,
na freguesia de Mouriscas. Em terceiro
lugar, com 110 votos, foi a rede associativa de relações locais, em Abrantes e
Alferrarede. Em quarto lugar, com 105 dos votos, a carrinha do cidadão, nas
freguesias de Rio de Moinhos, Martinchel, Aldeia do Mato e Souto, Fontes e
Carvalhal. Como último classificado, com 78 dos votos, a construção do espaço,
parque infantil/tempos livres no centro escolar freguesia de Bemposta.
A análise final da votação, feita pela câmara de Abrantes,
concluiu que dos 557 votantes, 51% foram do sexo masculino e 49% do sexo
feminino. O escalão que mais votou foi a faixa entre os 35-65 anos e 34% dos
votantes residiam na freguesia de Abrantes e Alferrarede. Os últimos dias de votação foram os que
tiveram um maior número de votantes.
Segundo
Ana Neves «o horizonte do projeto é intemporal, dependendo da vontade dos
Abrantinos a sua continuação, vontade essa aferida pelos níveis de participação
que venham a verificar-se em cada ano.»
Irene
Vale, 80580
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