quinta-feira, 24 de novembro de 2016

Central Termoelétrica do Pego é uma das empresas mais poluidoras do país

A Central Termoelétrica do Pego, em Abrantes, está em segundo lugar no ranking elaborado pela organização não governamental ZERO – Associação Sistema Terrestre Sustentável, das cinco principais empresas emissoras de Gases de Efeito Estufa (GEE), em Portugal, com base nos relatórios da Agência Portuguesa do Ambiente e da Comissão Europeia.

Os dados foram divulgados na véspera da entrada em vigor, dia 4 de Novembro, do Acordo de Paris, um dos mais decisivos acordos que tem vista posta na meta de reduzir a emissão de dióxido de carbono e, consequentemente, o aquecimento global.

Em Portugal, todos os dados dos relatórios da Agência Portuguesa do Ambiente e da Comissão Europeia têm por base os relatórios obrigatórios que cada instituição tem que apresentar periodicamente, segundo as exigências do Comércio Europeu de Licenças de Emissão.  Os sectores com mais emissão de GEE são o transporte rodoviário e a produção de eletricidade. Em primeiro lugar está a Central Termoelétrica de Sines, da EDP, e em segundo lugar, a Central Termoelétrica do Pego, gerida pela Tejo Energia.

O que as duas centrais elétricas têm em comum é o facto de trabalharem a partir da queima de carvão. Este é um dos grandes responsáveis pelos altos níveis de emissão de CO2 para a atmosfera. A presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, reconhece o facto destes valores terem impacto a nível global e afirma a necessidade de substituir as centrais existentes por centrais mais sustentáveis: “O ideal era que que a produção de energia fosse feita por fontes renováveis, mas ainda não é possível. Sabemos que relativamente ao atual modelo energético seria desejável uma solução menos poluente, mas isso é o futuro que todos desejamos e que com toda a certeza as entidades competentes estão a trabalhar para isso”.

No entanto, a Presidente da Câmara está confiante de que a Central Termoelétrica do Pego tudo tem feito ao seu alcance para minimizar o seu impacto no ambiente: “O Município tem acompanhado, ao longos dos anos, as notícias que vão surgindo sobre a Central Termoelétrica do Pego.  Sabemos que esta empresa tem acompanhado todas as inovações técnicas que vão surgindo, adaptando-se a elas, de forma responsável, ultrapassando as condicionantes com que estas empresas se deparam”. Maria do Céu Albuquerque lembra ainda que a Central Termoelétrica do Pego é “a central a carvão mais moderna em operação na Península Ibérica”.


De acordo com os dados que a ESTAjornal conseguiu recolher, em 2009 foi realizado um investimento muito importante e significativo, na central termoelétrica do Pego, relativo à diminuição da emissão de certos poluentes provenientes de grandes instalações de combustão. A nível da sustentabilidade ambiental, a central usa e transforma os recursos naturais de uma forma sustentada, devolvendo os subprodutos resultantes de uma forma respeitosa ao ambiente.

Central Termoelétrica do Pego


Adriana Claro 80572

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