terça-feira, 8 de novembro de 2016

Conferência Abrantes, tudo como dantes: o passado e o futuro

“Abrantes, tudo como dantes, um centro estratégico” é o nome da conferência que visa relembrar um pouco do passado histórico da cidade revitalizando a sua importância. Na abertura da conferência, Maria do Céu Albuquerque, Presidente da Câmara Municipal de Abrantes, fala da cidade como um lugar de encontro e um lugar de decisão, fazendo referências ao seu passado e incitando os cidadãos a pensar no futuro: “Hoje desafia-se a nossa memória coletiva que, através desta conferência de abrangência temática, nos incitará a tornar a nossa cidade, o nosso concelho e a nossa região mais competitiva e os nossos cidadãos mais esclarecidos e mais preparados para a vivência do próximo centenário”.

O passado histórico de Abrantes foi o assunto mais falado durante as palestras. José Martinho Gaspar lembrou os frescos encontrados há pouco tempo na Igreja de Santa Maria do Castelo, que foram notícia no National Geographic, e faz um apelo à ‘cidade florida’: “Abrantes fez-se cidade florida no seio de um regime que queria encontrar uma aldeia mais portuguesa do que Portugal, e que, aqui, pôs os Abrantinos a florir as ruas, as suas casas, as varandas e as janelas. O centro histórico tem actualmente poucas pessoas a residir e este é um desafio que se coloca a quem pertence a esta cidade: captar gente para o centro do mesmo. Essas são as primeiras flores que a cidade necessita”.

Para além do seu passado, Abrantes é reconhecido em toda a conferência pela sua alma de cidade que se “tem de reinventar todos os dias na sua condição de centro estratégico”. Eduardo Catroga destaca o valor desse território e a sua capacidade de “ser ganhador do processo da globalização”. “Abrantes soube ser vencedora no contexto da economia nacional, atraindo empresários, atraindo indústrias, atraindo atividade económica, criando emprego e fazendo crescer a sua população. Hoje, Abrantes tem uma estrutura produtiva diversificada que assenta em pequenas e médias empresas com projetos com sucesso”, afirma Eduardo Catogra.

A conferência teve lugar na Igreja de Santa Maria do Castelo, no Castelo de Abrantes, no dia 20 de Outubro, onde decorreu a cerimónia de abertura, pelas 9h30, e estendeu-se até ao meio-dia com palestras de José Martinho Gaspar, professor e historiador, Eduardo Catroga, economista, gestor de empresas e ex-ministro, e ainda do Major-General Arnaut Moreira. Entre o meio-dia e a uma da tarde estava programada, também, a visita à exposição na Biblioteca Municipal António Botto, a inauguração do mural ‘100 anos, 100 rostos’ no Jardim da República e a visita ao percurso ‘Pop Up’s de Abrantes’. O encerramento estava marcado para as 17 horas com a inauguração da requalificação do ‘Monumento a D.Nuno Álvares Pereira’. Dos momentos mais altos da cerimónia de abertura destaca-se o apelo de Maria do Céu Albuquerque à comunidade de Abrantes para que ajudem a autarquia a defender o Monumento “Ao condestável D.Nuno Álvares Pereira” de eventuais actos de vandalismo: ”É um monumento muito importante, é uma peça muito bonita e vamos todos trabalhar para a sua valorização”.


Maria do Céu Albuquerque, Presidente da Câmara de Abrantes, na Cerimónia de Abertura


Igreja de Santa Maria do Castelo, Lugar da Realização da Cerimónia de Abertura



Adriana Claro 80572


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